quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Amor, paixão e paixonite


A minha dúvida é sobre sexo, mas também sobre amor. Às vezes eu estou completamente apaixonada e atraída pelo meu marido, passo meses e meses assim. Daí, sem motivo, a coisa esfria e eu normalmente me apaixono por outra pessoa. Não concretizo nada. Tenho dúvidas sobre o meu verdadeiro amor, o meu marido parece mais estável que eu.

Com a liberação sexual da mulher e a autopermissão para viver o sexo de forma plena, hoje muitas já não tentam reprimir seus desejos. Mas quando a atração acontece fora de um relacionamento que “vai bem, obrigada”, pode ser assustador. Na maioria das vezes, o sentimento de amor pelo companheiro é colocado em dúvida. Contudo, cara leitora, você pode estar vivendo alguns períodos de paixões determinadas por estímulos e hormônios, e isso não tem nada a ver com o amor que sente por seu marido. Talvez racionalizar tudo isso ajude você a entender.

Podemos interpretar a expressão da nossa sexualidade como um mix de elementos envolvendo razão, fantasia, emoção, cultura, educação e experiências de vida. No cérebro, esses elementos se relacionam, e é a partir desse processo que encontramos respostas aos comportamentos sexuais diferentes nas pessoas.

Estudos associam um neurotransmissor chamado feniletilamina à origem da paixão e diz que sua produção ocorre no cérebro diante de simples gestos, como uma troca de olhares. A médica Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova York, revela em suas pesquisas que outras substâncias como ocitocina, dopamina, serotonina e testosterona regulam a expressão do desejo, da atração sexual e da ligação entre o casal em sua forma mais tranquila de amar, favorecendo o desenvolvendo do companheirismo, afeto e tolerância.
De acordo com a pesquisadora, diante de um estímulo, podemos nos apaixonar ou desapaixonar rapidamente por alguém – e isso não dura mais que 30 meses, uma programação biológica que favorece a procriação. 

Agora pense: o fato de você voltar a desejar e amar intensamente o seu marido após esses períodos de paixonites diz muito sobre o seu verdadeiro sentimento. Não é mesmo?

http://delas.ig.com.br/colunistas/prazeresexo/amor-paixao-e-paixonite/c1597397144181.html

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