Verdades sobre a performance sexual feminina depois dos 30 anos

Ilustração: Maurício Planel

Depois dos 30,  precisamos desesperadamente transar. Ao mesmo tempo, temos muita, mas muita preguiça. Ou seja: é complicadíssimo agradar a nosso corpo e, ao mesmo tempo, atender às agruras da nossa alma. Porque assumimos muitas tarefas no dia a dia: temos de trabalhar, administrar a casa, olhar os filhos, pagar as contas, cuidar do corpo. Não podemos ficar com meleca, temos que estar asseadas, carpir os pelos e… transar. Depois dessa maratona, ainda atingir o orgasmo.

Como dar conta de tudo isso sem ter um motor e sem enlouquecer? Ou seja, sua performance sexual nestes tempos modernos tem de ser caprichada. Queremos muito transar, mas, às vezes, não estamos a fim de nos mexermos, entendeu? É isso. Só isso. Só precisamos ficar paradas. Acredite, conseguimos sentir muito prazer imóveis. Não entre em paranoia: muito provavelmente sua mulher não tem nenhum amante – ela só está cansada, coitada. Mesmo parecendo morta, o tesão no interior de sua amada pode borbulhar se você der tudo de si.

Vam’bora!
Sabe aquela fantasia de súdito e rainha? Então, aproveite para gastar no dia em que sua mulher estiver assim, acabada. Garanto que, se tivesse súditos para fazer tudo o que ela faz durante o dia, na hora do ato sexual, estaria superesperta e toparia 100 agachamentos se fosse preciso. Como infelizmente ela não nasceu rainha, vai precisar da sua ajuda, companheiro. Para que ir à academia e ficar frequentando um lugar cheio de gostosas? Você quer fazer exercício de verdade? Então vam’bora! Não miguele seu desempenho, se esforce, que dá para perder muitas calorias e ter prazer. Isso, sim, é que é proatividade.

Não regule o sexo oral
Outro aspecto extremamente importante: não regule o sexo oral. Nós gostamos dele. Faça a sua parte, não custa nada, vai! Sua mulher vai ficar risonha e bem mais feliz. Não adianta, você tem de balancear e alinhar o seu veículo. Tem de fazer a revisão no motor antes da inspeção veicular. Assim, conseguiremos rodar mais 100 quilômetros no outro dia. E, na noite seguinte, você passa na oficina para trocar o óleo e encher o tanque. Sua amada fica de tanque cheio e pode rodar gargalhando e de bom humor. E não precisa dividir em três vezes, dar cheque pré, cartão ou boleto bancário. O pagamento, nesse caso, é só com o seu suor. Isso é que é poesia!

Mas não se esqueça: muitas vezes, somos bipolares e, por isso, você não pode ser assim, superperformático. Não dá para transar com uma montanha-russa. Enjoa. E não é legal gozar nauseada do balancê… Outra dica: na maioria das vezes, não queremos modismos como “rebolation” na cama. Ficamos mais satisfeitas com o estilo Martinho da Vila – “devagar, devagar, devagar, devagarinho”. Quando for à Bahia, neste Carnaval, solte o “axezeiro” que existe dentro de você. Por favor, nem tente levar este Carnaval todo para sua cama.

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